Salário Mínimo nos EUA: Como funciona? Qual o valor?

Salário mínimo nos EUA: qual é o valor?

Muitos brasileiros têm procurado oportunidades fora do Brasil, devido às crises política e econômica que nosso pais vem passando nos últimos anos.

O destino mais procurado pelos brasileiros fora do Brasil são os Estados Unidos. Além do pagamento em dólares, o sonho de prosperidade e oportunidade atraem pessoas de todo mundo.

Se você ou alguém da sua família quer ir para os EUA, mas não sabe como funcionam os salários por lá, veja agora tudo que precisa saber sobre o salário mínimo nos EUA.

Quanto é o salário mínimo nos EUA

Os salários nos Estados Unidos são pagos por hora, diferentemente do Brasil onde habitualmente os trabalhadores são remunerados por mês. Veja o valor atual do salário mínimo no Brasil.

O salário mínimo nos EUA é definido por lei nacional em 7,25 dólares por hora.

Esse valor deve ser observado por todos os estados. Entretanto, cada estado tem autonomia para pagar qualquer valor de salário mínimo desde que seja maior do que o mínimo nacional.

Alguns estados e cidades pagam bem mais do que mínimo, por isso é importante pesquisar as informações sobre cada local. Em Washington, por exemplo, o valor do salário mínimo é de 12 dólares por hora em 2019.

Além disso, vários estados já possuem regras definidas de aumentos progressivos durante os anos, já que muitos sindicatos americanos solicitam que os salários sejam de no mínimo 15 dólares.

Veja a previsão do valor de Salário mínimo no Brasil em 2020.
Salário Mínimo nos EUA
Ao contrário do Brasil, o salário nos EUA é pago por hora trabalhada.

Vantagens de trabalhar nos EUA

A maior das vantagens vista pelos brasileiros em se trabalhar nos EUA com toda certeza é a renumeração em dólares.

Como o Real é desvalorizado em relação ao dólar, ganhar 1 dólar equivale a ganhar em média entre 3 a 4 reais, dependendo do cambio do dia.

Para quem vai aos Estados Unidos com intenção de juntar dinheiro para voltar ao Brasil, isto é muito benéfico.

Além disso, a oferta de trabalhos que podem ser feitos sem a necessidade de inglês fluente é grande, pois trabalhos mais simples como babá, garçom, pedreiro e faxineira não são buscados pelos americanos, e costumam ser ocupados por estrangeiros, que recebem o salário mínimo da mesma forma.

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Desvantagens de trabalhar nos EUA

Infelizmente algumas das legislações brasileiras que protegem o trabalhador não existem nos EUA. Veja aqui os detalhes das leis trabalhistas americanas.

O Brasil possui um dos maiores sistemas de proteção ao trabalhador do mundo, por isso é bastante raro encontrar todas as previsões trabalhistas que existem aqui fora do Brasil.

Entre as desvantagens de se trabalhar nos EUA, estão:

  • Não existe previsão para pagamento de 13º salário;
  • Não existe previsão de dias mínimos de férias. Cada empresa combina dias de descanso com seus funcionários ou com os sindicatos, que podem ou não ser remunerados;
  • Não existe previsão de abono por atestado médico, nem próprio nem de filhos. Os dias de falta normalmente são descontados do salário;
  • Não existe previsão de descanso remunerado em feriados e “pontes”;
  • O aviso prévio não precisa ser indenizado e os contratos podem ser encerrados por ambas as partes a qualquer momento.

Licença maternidade nos EUA

A licença maternidade nos EUA também é bem diferente da licença no Brasil.

Enquanto por aqui todas as trabalhadoras tem direito a 120 dias de licença remunerada após o parto ou adoção, nos EUA esse período é de no máximo 12 semanas, mas sem nenhuma remuneração.

As mães podem se ausentar durante o período estipulado, mas não recebem nenhum valor durante sua ausência.

Com isso, a maior parte das trabalhadoras dos EUA acabam voltando prematuramente ao trabalho.

Previdência Social nos EUA

Os EUA possuem dois regimes de previdência. A pública, que funciona como o INSS no Brasil e a privada.

Normalmente os trabalhadores americanos optam por manter os dois regimes de previdência para obter o valor das aposentadorias mais alto.

1.      Aposentadoria pública

A previdência social dos Estados Unidos funciona de forma semelhante à do Brasil. Os trabalhadores contribuem mensalmente para receberem no futuro um valor mensal como aposentadoria.

A contagem do tempo de trabalho para se aposentar funciona com um sistema de créditos. Cada trimestre trabalhado dá 1 crédito ao trabalhador.

Para se aposentar, o trabalhador nos EUA precisa de 40 créditos, que equivalem a 10 anos de contribuições ao sistema de previdência.

Além disso, é preciso ter completado 65 anos de idade, tanto para homens quanto para mulheres.

2.      Aposentadoria Privada

A aposentadoria privada americana, conhecida como 401 K, funciona de maneira semelhante aos planos de previdência privadas do Brasil.

Nela os trabalhadores e empregadores participam com valores que são enviados a fundos de investimentos.

Esses valores são investidos em ações em todo o mundo, para rentabilização dos ganhos. No final, os empregados podem receber os valores das contribuições.

Para saber com mais detalhes como funciona a aposentadoria nos EUA, clique no link e veja o nosso artigo exclusivo sobre o tema.

Nos EUA o trabalhador tem duas formas de aposentadoria que podem se complementar

Atendimento de saúde nos EUA

Outro ponto muito importante para quem quer trabalhar nos EUA é o atendimento na rede de saúde.

Isso porque, diferentemente do Brasil, nos EUA não existe atendimento médico gratuito. É isso mesmo, todo atendimento lá é pago.

Os trabalhadores costumam ter planos de saúde que são pagos parte pelas empresas e parte pelos próprios trabalhadores, assim como em alguns planos de saúde aqui no Brasil

Isso deve ser levado em consideração, pois os valores podem ser altos, o que vai comprometer consideravelmente o valor final recebido, principalmente se a remuneração for de um salário mínimo.

Como você viu, apesar de existir um salário mínimo nos EUA, que é bastante atrativo quando convertido em reais, existem muitas outras variantes que devem entrar na conta antes de tomar a decisão de se mudar para trabalhar nos EUA.