Salário Mínimo no Chile

Salário mínimo no Chile: afinal, qual o valor?

Para muitos analistas as condições econômicas do Chile, incluindo diversos fatores como qualidade de vida, educação e competitividade global são melhores do que as do Brasil.

Nesse cenário o salário mínimo no Chile não fica atrás.

Considerando apenas a moeda nacional chilena, nos últimos dez anos, o salário mínimo no Chile quase dobrou.

Contudo, quando há um conversão do valor para o dólar, o crescimento é um pouco menos relevante.

Qual o Salário mínimo no Chile?

No início de março de 2019 o salário mínimo no Chile superou a casa dos $ 300.000 pesos chilenos.

Antes disso o salário base da economia do país era de de $ 288.000.

Convertendo esse valor para a nossa moeda,  o salário mínimo do Chile de 2019 em reais chega ao patamar  de pouco mais de R$ 1.700.

Em relação ao dólar, o salário por lá parece ser um pouco menor. Convertendo os $ 300.000 pesos chilenos para dólar, chegamos a um salário mínimo no Chile em dólar de cerca de US$ 432.

Ainda que na comparação com o dólar o salário no Chile não parece tão alto, mas é bastante superior ao do Brasil e também ao salário mínimo da atual da Argentina.

Convertendo o salário mínimo brasileiro, R$ 998 em 2019, para a moeda norte americana, temos um montante um pouco maior US$ 248.

No entanto, é importante mencionar que para pessoas menores de 18 anos e maiores de 65 anos, o salário lá pode cair para cerca de metade do salário mínimo praticado no mercado.

Além disso,  com o afrouxamento das regras trabalhistas, as relações de trabalho no país nem sempre são respeitadas.

Nesse cenário, estima-se que uma grande parcela da população não receba o mínimo legal.

No chile a jornada de trabalho, definida por lei, não pode passar de 45 horas semanais. Regra que nem sempre é seguida.

Apesar disso, muitos outros indicadores ainda classificam o país como um dos melhores da América do Sul em termos de qualidade de vida.

Situação econômica do Chile

Como dito, muitos analistas acreditam que o Chile possui uma das economias mais consolidadas do América do Sul e os números corroboram essa ideia.

O país possui uma das economias mais industrializadas e tecnológicas da América Latina.

Mesmo com um PIB um pouco menor do que meio trilhão de dólares – o que deixa o país apenas na 43ª posição em termos mundiais – o Chile possui um modelo de econômico consistente.

Mais de 40% do PIB do Chile  tem origem industrial, enquanto mais de 50% da economia é movimentada pelo setor de serviços.

Comparando o PIB do Chile com o do Brasil que em 2018 chegou ao patamar de 6,38 trilhões de dólares, o país parece ficar bem atrás da nossa economia.

No entanto, falando de PIB Per Capita, o Chile fica muito à frente do Brasil. Entre 2012 e 2017 o PIB Per Capita no Brasil foi de cerca de US$ 10.900, enquanto o índice chileno chegou ao patamar de mais de US $ 15.000.

Desemprego no Chile

Desde o final da ditadura Chilena que durou de 1973 a 1990, o país tenta adotar medidas econômicas neoliberais, com aproximação aos Estados Unidos e políticas mais dinâmicas para o mercado.

Nesse cenário, houve desburocratização para a contratação de empregados gerando maior criação de novas vagas no mercado.

Atualmente, a taxa de desemprego no Chile é considerada baixa, com menos de 7% da população desempregada.

Em contrapartida, a adoção de medidas para o afrouxamento das condições trabalhistas – que permite que os trabalhos sejam definidos  contratualmente, de forma bilateral –  é a maior causa da perda de estabilidade e das garantias da relação de trabalho.

Salário Mínimo no Chile
Santiago, capital do Chile. Imagem de Patricio Gonzalez por Pixabay

Direitos trabalhistas no Chile

Os direitos trabalhistas no Chile variam de acordo com os contratos de trabalho, que podem ser negociados diretamente entre o empregador e o empregado.

Nesse sentido, há variações em uma série de fatores como frequência de pagamento, remuneração, licenças, férias, entre outras coisas.

Portanto, não é possível enumerar um conjunto de regras que delineiam o mercado de trabalho. De modo geral, é normal haver negociação de período de férias, que podem ser remuneradas ou não, e outros benefícios, porém de maneira reduzida.

Qualidade de vida no Chile

Quando o assunto é qualidade de vida, o Chile mais uma vez fica à frente do Brasil. O relatório da ONU de 2018 apresentou o Chile em 44º, entre 189 países, com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,843.

Já o Brasil, ficou apenas com a 79º posição, com um IDA de 0,759. Em quase todos os parâmetros que compõe o índice o Chile foi mais eficiente.

Os chilenos vivem mais anos, sofrem menos com a violência, vivem em condições menos e desiguais e estudam por mais tempo.

Educação no Chile

O Chile não é uma grande referência mundial em termos de educação. Segundo dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes – PISA – tanto Chile, quanto Brasil, apresentaram uma média inferior à da OCDE.

O PISA avalia o desempenhos dos estudantes de cada país em três áreas: ciências, leitura e matemática. Na prova que foi aplicada em 2015 a média da OCDE foi de 493 pontos em ciências, 493 pontos em leitura e 490 pontos em matemática.

O Chile, por sua vez,  apresentou médias de 447 pontos em ciências, 459 pontos em leitura e 423 em matemática. Enquanto isso, o Brasil ficou média de 401 pontos em ciências, 407 pontos em leitura e 377.

Aposentadoria no Chile

A aposentadoria no Chile é um tema muito discutido no Brasil, que vem passando por diversas mudanças no sistema previdenciário.

O Chile foi um dos primeiros países do mundo a adotar o regime de capitalização na previdência, ainda na época da ditadura no país.

Hoje, o regime de aposentadoria chileno sofre uma série de críticas pelo mundo e gera enorme insatifação popular local.

O que os cidadãos chilenos reclamam, sobretudo, é do baixo valor pago nas aposentadorias, que em muitos casos podem ser inferiores ao valor do salário mínimo pago naquele país.

Salário mínimo em Outros países da América

O valor do salário mínimo nos países da américa é um tema muito pesquisado pelos Brasileiros.

É natural essa curiosidade, afinal, saber está informação é essencial em uma decisão de emigração para algum destes países.

Assim, vamos apresentar aqui um resumo sobre o valor do salário em alguns países e caso você deseje mais informações sobre o tema, é só acessar o nosso artigo completo sobre cada país.

1- Salário mínimo no Brasil

O Brasil infelizmente ainda tem um dos menores salários mínimos dos países americanos.

E mesmo um valor de salário tão baixo, ainda é muito comum que na informalidade as pessoas recebam uma valor ainda menor.

É a realidade por exemplo de muitas empregadas domésticas no país, que tem o seu trabalho muito pouco valorizado.

Se você quer saber o valor atual do salário mínimo brasileiro, clique no link.

2- Salário mínimo nos EUA

Os Estados Unidos possui a maior economia de todos os países da América, sendo inclusive um dos maiores parceiros comerciais do Chile.

Situado na América do Norte, o país recebe todos meses uma imensa quantidade de imigrantes que buscam melhores condições de vida.

Se você deseja saber mais informações sobre o funcionamento do salário mínimo nos EUA, clique no link.

Conclusão a respeito do salário mínimo do Chile

Ao longo dos últimos anos o salário mínimo no Chile passou por importante valorizações.

Em 2009 o salário no país era de $ 165 mil pesos chilenos, cerca de $ 311 dólares. Já em 2019 o salário mínimo no país é superior a $ 300 mil pesos chilenos, ou $ 432 dólares.

Essa situação bastante confortável frente ao Brasil.

Mas esse não é o único indicador relevante do país.

O Chile é hoje é uma das economias mais consolidadas da América Latina e exibe desempenho superior ao do Brasil diversos fatores incluindo qualidade de vida, educação e nível de desemprego.

Para saber mais detalhes sobre o valor e o pagamento do salário mínimo no Chile, veja o excelente vídeo abaixo compartilhado no Youtube pelo canal  A vida no Chile, que trás diversas dicas para quem quer morar e trabalhar no Chile.